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sábado, 13 de junho de 2009

Epístola Paulina aos Romanos: um modelo cristão para o Ocidente

UM TRATADO FILOSÓFICO INSPIRADO PELO ESPÍRITO SANTO
 
Uma visão panorâmica, detalhada e delineada da Carta aos Romanos desvelará suas profundidade antes que apenas descrever as cenas aparentemente simples que têm cativado os corações dos crentes em todas as épocas. Tal visão deve ressaltar o pensamento básico de que esta Carta fala da vinda de Cristo para dentro da humanidade por meio da encarnação de modo a trazer Deus para dentro da humanidade para produzi-lo um lugar de habitação mútua para Ele, o Deus Triuno e Seu povo redimido e através do seu testemunho.

A Problemática parte de que a história da Igreja de Deus tem sido sempre, desde a era apostólica até o presente, a história da graça divina, derramada como uma dádiva, no meio dos erros dos homens. A fidelidade do Altíssimo e sua compreensão das nossas limitações é algo tremendo, onde tudo parece que a história se repete entre conversão humana e sua apostasia em vários níveis de causas e efeitos. Podemos observar que hoje os cuidados desse mundo, concentrado e disseminado através das propagandas de sedução de massa e consumista nos meios de comunicação tem se associado estrategicamente à uma teologia da prosperidade em que os cristãos hoje buscam os bens materiais acima das bênçãos espirituais ou do desejo da comunhão com o próprio Deus. Dessa forma, a igreja deixa as suas primeiras obras e o seu primeiro amor e alguns que tinham principiado pelo espírito, pro­curam depois ser aperfeiçoados pela carne. Dando mau testemunho e escandalizando de Jesus muitas vezes de forma irreversível nos corações dos não crentes. Dessa forma, partindo da premissa de que está bem definido nesta Carta, pelo Espírito Santo, um programa perfeito de salvação como nosso grande objetivo de vida cristã.
Dessa forma, não basta ter as respostas de outras épocas concernentes às dúvidas e inquietações de outros contextos dentro da igreja. Importa saber aplicar o conhecimento da Palavra para dar resposta apropriada aos assuntos do dia-a-dia e da vivência do indivíduo também em sua sociedade, isso cooperando para o testemunho do Reino de Deus em sua vida. Dessa forma, “o povo do Livro”, isto é, os cristãos, devem construir uma exegese sólida que fundamentará seu testemunho de vida cristã.
Quanto aos objetivos, pretendemos descrever de forma holística, detalhada e sistemática os elementos, atributos, contexto, condições, tendências de um fenômeno histórico e atual da leitura desta Carta. Reconstruir, sistematizar acontecimentos e idéias para explicar fatos e tendências atuais sob o ponto de vista Paulino, especificamente partindo da sua Carta que tem sob medida a doutrina e o testemunho de cristo em Paulo para o ocidente romano e gentílico ainda constante em sua essência nos hábitos e costumes, de modo que é um legado cultural cristão resgatado da Reforma para todos nós hoje.
Apresentar-se-á neste trabalho um resumo parcial dos conteúdos elaborados pelos autores referidos, como também uma crítica ou complemento a certas posições tomadas e levantadas. Cabe ao leitor analisar as propostas fornecidas e elaborar as suas próprias conclusões para adequar a sua prática cristã e compreensão ao testemunho bíblico.
Diálogos com perspectivas e propostas diversas exposta nesta monografia ajudarão o leitor a ter uma compreensão melhor da natureza e do papel do querigma constante na Carta aos Romanos. Assim terá mais facilidade para aplicar estes pressupostos às realidades de suas próprias comunidades de fé.
Aqui, a ênfase na observação desta carta na vivência da igreja é até maior do que em outras áreas da pesquisa teológica, pois se trata de formas de superestrutura do Reino na terra em Romanos. Sua interpretação tem muito a ver com contextos sociais e históricos específicos, incluindo questionamentos exegéticos que têm variado muito ao longo dos séculos.
Esta, também, será a questão do estudo presente: fazer uma releitura contextualizada para a igreja atual da definição bíblica referente à natureza da teologia constante na Carta aos Romanos e, uma vez que essa definição for delineada, poderá ser avaliada as questões metodológicas em consideração ao alvo a ser atingido.
Partindo daí, afirmamos que a Carta aos Romanos - que é um evangelho de vida - revela que o propósito da vida de Deus é edificar um lugar de habitação eterno tanto para Deus quanto para a humanidade redimida, um lugar de habitação que era prefigurado no tabernáculo e no templo no Velho Testamento, realizados na pessoa de Cristo e, anunciado aos gentios para a graça da sua participação nesse projeto de Deus. .
Quanto à questão de testemunho e fidelidade ao Cristo que o justificou, reconhecemos que Paulo atacava problemas específicos e lidava com questões que considerava muito vitais para aqueles a quem escrevia. Entendemos em sua Carta que na congregação romana não parecia haver um esforço sério neste sentido, mas, pelo que parece, havia inveja e sentimentos de superioridade da parte tanto dos judeus como dos gentios – problemas que podemos observar em nossa igreja.
Reconhecemos que: “Sobre a carta das Escrituras Gregas Cristãs, escrita pelo apóstolo Paulo aos cristãos em Roma. A autenticidade desta carta, como parte do cânon sagrado, é quase universalmente reconhecida pelos peritos bíblicos, excetuando-se alguns que não conseguiram enquadrá-lo em suas próprias crenças doutrinais. Na realidade, a carta se harmoniza plenamente com o restante das Escrituras inspiradas. De fato, Paulo cita de modo profuso as Escrituras Hebraicas e faz numerosas referências a elas, de modo que se pode dizer que essa carta baseia-se muito solidamente nas Escrituras Hebraicas e nos ensinos de Cristo.” (Meyer, 1998, p. 298).
Ou ainda, comentando a autenticidade da carta aos romanos, um perito bíblico, inglês, comenta: “Num genuíno escrito de S. Paulo a genuínos conversos, isto é o que a ansiedade de convencê-los da sua crença naturalmente produziria; mas há um fervor e uma personalidade, se posso chamar isto assim, no estilo, que uma fria falsificação, creio eu, nunca teria ideado nem suportado.” (apud. Paley, Horae Paulinae, 1790, p. 50. ).
Partindo dessas premissas, é evidente, pela leitura da carta, que ela foi escrita a uma congregação cristã composta tanto de judeus como de gentios. Havia muitos judeus em Roma naquela época; eles retornaram depois da morte do Imperador Cláudio, que os banira de lá algum tempo antes. Nesse contexto opressor sob experiência de perseguição, mas também de esperança concretizada, podemos assim ter uma idéia dessa sociedade e dessa comunidade cristã. Assim, hoje em dia, pelo relativo conhecimento bíblico, especificamente do Velho Testamento, os cristãos podem ter uma idéia básica do que era ser judeu e dado lugar no tempo e no espaço.


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